O feminino que há em nós - A Curadora

Miriam Leiner aprendeu a "dançar" a cura. "Vida é movimento, fluxo, ciclo, ritmo, som. Por isso, dançar é tão profundamente terapêutico, criador. A consciência do movimento e do corpo resgata o sentimento de unidade que temos com a vida", diz a terapeuta. Além disso, a flexibilidade da dança, segundo Miriam, dissolve padrões, inclusive os que podem nos levar ao desequilíbrio. "A doença é uma exteriorização da falta de harmonia com o princípio vital, com a natureza, com o semelhante. E a cura nada mais é do que a volta dessa sintonia, dessa sensação de pulsar junto com o Universo", diz. Nesse sentido, ela diz que as mulheres são privilegiadas. "As mulheres têm uma profunda ligação com a natureza: sabemos a importância dos ciclos e ritmos por que menstruamos e somos regidas pelas fases da Lua; da criatividade porque geramos a vida em nosso ser; e da flexibilidade, em todos os sentidos, porque cuidamos da família e administramos conflitos." Para Miriam, a dança inclui todos estes aspectos: criatividade, flexibilidade, integração, unicidade e, principalmente, alegria. "Quem põe o pé na avenida no desfile de uma escola de samba sabe do que estou falando: aquele mar de gente vibrando junto, celebrando o estar vivo," lembra. Até organizar seus grupos de consciência do corpo por meio do movimento e fazer atendimentos individuais de terapia corporal, ela percorreu um longo caminho, que inclui a psicologia de Carl Rogers, que sustentava que a cura é autocura, os ensinamentos da bioenergética, os estudos sobre o movimento do ucraniano Moshe Felenkrais, a biodanza do antropólogo chileno Fernando Toro e as lições do coreógrafo brasileiro Klaus Vianna. Além disso, compreendeu a interação energética que se faz entre o homem e o Cosmo com a terapia japonesa do jin-shin-jyu tsu e a medicina chinesa. "Hoje, o movimento corporal consciente na dança é, para mim, a mais profunda forma de oração e espiritualidade. E um dos caminhos mais completos para o despertar da autocura.

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