Óleos essencias- química
Os óleos essenciais são substâncias lipossolúveis, porém voláteis, que integram o metabolismo secundário das plantas – aquele que, ao contrário do primário, não está diretamente relacionado com o processo de crescimento, desenvolvimento e reprodução dos vegetais. Em geral, esses óleos são produzidos por estruturas secretoras especializadas, tais como pêlos glandulares, canais oleíferos, células parenquimáticas diferenciadas ou em bolsões, que podem estar por todas as partes da planta ou não. Assim sendo, eles são encontrados na parte aérea, como na menta; nas flores, como é o caso da rosa e do jasmim; nas folhas, como ocorre nos eucaliptos e no capim-limão; nos frutos, como na laranja, limão e grapefruit; na madeira, como nosândalo, sassafrás e pau-rosa; nas cascas do caule, como ocorre nas canelas; nas raízes, como se observa no vetiver; nos rizomas, como no gengibre e nas sementes, como na noz-moscada.
Cientificamente falando o que são óleos essências..
Os óleos essenciais são abundantes em plantas angiospermas dicotiledôneas, tais como nas famílias Asteraceae, Apiaceae, Lamiaceae, Lauraceae, Myrtaceae, Myristicaceae, Piperaceae, Rutaceae, entre outras. Já em angiospermas monocotiledôneas, pode-se afirmar que a sua ocorrência é relativamente rara, com exceção das gramíneas (em especial das espécies de Cymbopogon e Vetiveria) e zingiberáceas. E por fim, são dificilmente são encontrados em gimnospermas, com exceção das coníferas.
No entanto, os óleos essenciais não são “óleos” sob o aspecto físico-químico. Afinal, os óleos “de verdade” são altamente viscosos, não se evaporam e não são aromáticos (cheiram a óleo, apenas) – propriedades estas bem diferentes dos óleos essenciais, que não apresentam viscosidade, evaporam-se com certa facilidade e são, na maioria das vezes, deliciosamente aromáticos. Ou seja, os óleos essenciais só são chamados de “óleos” porque são hidrofóbicos (imiscíveis com a água) e lipofílicos (miscíveis com outros óleos).
Além disso, os óleos essenciais também apresentam uma estrutura química geralmente complexa. Eles são formados por estruturas de terpenos, sesquiterpenos, fenólicos, fenilpropanoicos, alifáticos não terpênicos, heterocíclicos; e funções químicas de alcoóis, cetonas, aldeídos, ácidos carboxílicos, ésteres, óxidos, acetatos e vários outros. Por exemplo, o óleo essencial de rosas possui cerca de 300 componentes, cada qual com a sua característica e ação bioquímica. Isto explica, em partes, porque um determinado óleo pode agir contra um fungo da unha do pé e, ao mesmo tempo, atuar como antidepressivo e calmante – além de ser empregado na fabricação de perfumes e produtos de limpeza pesada. Diante disso, de toda a essa riqueza, é que os óleos essenciais são utilizados pelos mais diversos ramos da indústria, como da cosmética, alimentícia, farmacêutica, médica, de perfumaria e várias outras – movimentando um mercado em constante expansão responsável pelo vai e vem de bilhões de dólares todos os anos.
Os óleos essenciais geralmente contêm um constituinte (cineol, ascaridol, etc) ou um grupo de constituintes análogos (alcoóis, ésteres, aldeídos, etc) que predomina e lhes imprime um determinado caráter.
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